Investimento aplicado em equipamentos e melhorias estruturais têm impulsionado para aumentar a renda das famílias rurais
Em Goiás, a Emater é o órgão responsável pela execução das políticas públicas de assistência técnica, extensão rural, pesquisa agropecuária e atividades correlatas ao desenvolvimento rural sustentável, atendendo prioritariamente à agricultura familiar. Entre estas políticas, está o Fomento Rural, programa do Governo Federal que oferece incentivo financeiro de R$ 4,6 mil para que os produtores possam investir em suas atividades produtivas e expandir seu negócio.
Neste ano, a Emater Goiás já garantiu o acesso de 497 pessoas ao programa em 107 municípios goianos. Com isso, diversas famílias estão passando por mudanças positivas com seus empreendimentos. É o caso da Nayla, da Larissa e do Santo Barros.
Nayla Batista, produtora de Abadiânia, conta que conheceu o Fomento Rural por meio de um amigo e buscou orientações com os técnicos da unidade local da Emater Goiás no município. Com o recurso recebido pelo programa, investiu na criação de galinha caipira na sua propriedade. O fomento foi usado para aquisição de pintinhos de maior qualidade, construiu bebedouros e comprou ração. De acordo com a produtora, a renda gerada pela venda dos animais é reinvestida no negócio, ajudando a expandir a produção e a cobrir as despesas mensais da família.
O benefício também possibilitou que a Larissa Fernandes, do mesmo município, pudesse se dedicar totalmente à costura, atividade que já realizava antes. A ajuda financeira do programa possibilitou a compra de novos equipamentos, que dinamizam, facilitam e aumentam a produtividade da costureira, que produz desde roupas de bebê até vestidos de casamento.
O Fomento Rural proporcionou também a integração com outras políticas públicas desenvolvidas no Estado. A propriedade de Santo Barros, de Campos Verdes, não contava com energia suficiente para desenvolver o trabalho na sua horta. Graças ao programa, ele comprou painéis solares e, com o sistema de energia fotovoltaica, Santo realiza a irrigação das hortaliças, otimizando o tempo de trabalho da família e a ampliação do negócio.
Essas melhorias possibilitaram o produtor a participar do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA Goiás), uma iniciativa do Estado, realizada pela Emater, que compra alimentos de agricultores familiares e doa a famílias em situação de vulnerabilidade. Desta forma, Santo garantiu a comercialização da sua produção e o aumento da renda.
A técnica agropecuária e extensionista da Emater de Campos Verdes, Deusa Ramos, acompanha muitas histórias de sucesso dos produtores beneficiados pelo Fomento Rural. Ela afirma que o programa é de extrema importância para valorização desse segmento da sociedade. “A iniciativa dá aos pequenos produtores a oportunidade de independência financeira, de obterem mais lucro com seus negócios e, consequentemente, uma qualidade de vida melhor aos homens e mulheres do campo”, ressalta.
Até dezembro de 2024, a Gerência de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emater afirma que a previsão é que mais de 800 famílias sejam beneficiadas com o programa em mais de 150 municípios.
Como funciona o Fomento Rural?
O Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais combina duas ações: acompanhamento social e produtivo e transferência direta de recursos financeiros não-reembolsáveis, no valor de R$ 4,6 mil, para que as famílias rurais desenvolvam seus projetos produtivos.
Com essa articulação entre apoio técnico e financeiro, espera-se que as famílias beneficiárias possam se estruturar ou ampliar sua capacidade produtiva, de modo a aumentar e diversificar a produção de alimentos e as atividades geradoras de renda, contribuindo para a melhoria da segurança alimentar e nutricional e a superação da situação de pobreza.
As famílias são identificadas e mobilizadas por agentes das equipes técnicas de instituições parceiras, e, caso atendam aos critérios do programa, passam a receber visitas periódicas a fim de acompanhar o desenvolvimento de seu projeto produtivo, no prazo de até 2 anos, a contar da data de liberação da primeira parcela. Cada família recebe um único benefício, em duas parcelas, sendo a primeira parcela (R$ 2,6 mil) logo quando inicia o projeto, e a segunda (R$ 2 mil) após um intervalo de pelo menos três meses, e de acordo com o acompanhamento do projeto em desenvolvimento.
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