Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência: Agrodefesa destaca papel feminino na pesquisa agropecuária

Servidoras da Agência têm buscado ampliar conhecimento e investir em estudos científicos para contribuir com ações, projetos, programas e inovação na defesa agropecuária goiana
No Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado em 11 de fevereiro, a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) ressalta a importância da pesquisa científica na defesa agropecuária e a contribuição das mulheres para avanços no setor. A ciência orienta normativas sanitárias, impulsiona inovações tecnológicas e garante a alimento seguro, evidenciando ainda a necessidade de alinhar igualdade de gênero e avanços científicos para fortalecer o setor.
Entre os temas abordados em estudos científicos por servidoras da Agrodefesa estão qualidade fisiológica da semente de soja, melhoria de análises laboratoriais para produção de alimento seguro, avaliação sorológica em amostras de javalis abatidos, sanidade vegetal, investigação de condições sanitárias de revendas de aves vivas e presença de patógenos, biosseguridade em granjas, doenças respiratórias em bovinos confinados, uso do Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago) na sanidade animal, certificação em propriedades livres de brucelose e tuberculose e descarte de embalagens de agrotóxicos.
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, destaca que a pesquisa científica é a base para os programas estaduais da Agência, auxiliando na formulação de normativas sanitárias e na adoção de tecnologias inovadoras. “É motivo de orgulho para a Agrodefesa ter em seu quadro de profissionais mulheres pesquisadoras, que contribuem para avanços significativos no agronegócio. São servidoras que incentivam a pesquisa científica, tecnológica e de inovação dentro das atividades de defesa agropecuária, pois acreditam na ciência e no papel delas na busca por soluções que impulsionem e fortalecem o agro e toda a sociedade. O conhecimento científico é essencial para a segurança e a produtividade no campo”, ressalta.
Ciência aplicada no dia a dia da defesa agropecuária
Entre as cientistas da Agrodefesa está a gerente do Laboratório Oficial de Análise de Sementes (Laso-Labsem), Anna Carla Luccas. Ela se especializou em qualidade fisiológica de sementes de soja, em função do pré-resfriamento e do ambiente de armazenamento. “Meu mestrado aprimorou minhas habilidades e contribuiu diretamente para meu trabalho no Labsem”, destaca.
Já a gerente do Laboratório de Controle de Qualidade de Alimentos da Agrodefesa (LabQuali), Pryscilla Gonçalves, reforça a importância das análises laboratoriais na segurança alimentar. “Minha tese de doutorado abordou a implantação de um Sistema de Gestão da Qualidade baseado na norma ISO 17025 no laboratório. A comprovação da competência analítica dos laboratórios oficiais é fundamental para garantir a segurança dos produtos agropecuários”, enfatiza.
Ela acrescenta também que a pesquisa tem papel fundamental na inspeção de alimentos de origem animal, que são essenciais para a população e um pilar da economia de qualquer país. “O investimento em ciência e políticas públicas voltadas à educação sanitária e à produção de alimentos seguros é essencial para prevenir riscos à saúde pública. Sistemas de vigilância são estratégicos para minimizar prejuízos e garantir a qualidade dos alimentos”, explica.
A gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Denise Caroline Toledo – que é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal pela Universidade Federal de Goiás (UFG) – atualmente realiza pesquisa sorológica em amostras de javalis abatidos com a finalidade de controle da espécie invasora em Goiás. O foco é verificar se os animais estão expostos a patógenos de interesse da defesa sanitária e da saúde pública. Inclusive, o monitoramento de ocorrência de doenças em suínos asselvajados é um dos pilares de atenção no Programa Estadual de Suídeos da Agrodefesa.
Engenheira agrônoma, mestre e autora de textos publicados na Revista Agropecuária Brasileira, a gerente de Sanidade Vegetal, Daniela Rézio, explica que a carreira científica soma para a defesa agropecuária. “Minha experiência na pesquisa aprimorou meus conhecimentos e me capacitou na conduta ética e gestão profissional”, afirma.
Algumas das pesquisadoras da Agrodefesa e suas respectivas áreas de estudo
Pryscilla Gonçalves (LabQuali): gestão da qualidade laboratorial
Daniela Rézio (Gerência de Sanidade Vegetal): sanidade vegetal
Fabiana Cardoso (Unidade Regional Rio Itiquira): melhoramento genético de leguminosas
Tatiana Romanowski (LabVet): sanidade de equinos
Denise Toledo (Gerência de Sanidade Animal): sorologia em amostras de javalis abatidos
Sivane Dorneles (Gerência de Sanidade Animal): certificação em propriedades livres de brucelose e tuberculose
Silvânia Andrade (Gerência de Sanidade Animal): condições sanitárias em revendas de aves
Anna Carla Luccas (LabSem): análise de sementes
Lívia Cristina da Silva (LabSem): análise de sementes
Queila Duarte (LabSem): análise de sementes
Ludmyla Veiga (Tecnologia da Informação): uso do Sidago na sanidade animal
Larissa Tavares (Tecnologia da Informação): uso do Sidago na sanidade animal
Juliana Gonçalves (Unidade Regional Rio das Almas): biosseguridade em granjas
Danielle Muniz (Unidade Regional Rio das Almas): biosseguridade em granjas
Geórgia Sardinha (Gerência de Educação Sanitária): biosseguridade em granjas
Mansuêmia Couto (Unidade Regional Rio Paranaíba): descarte de embalagens de agrotóxicos
Aline Barrichelo (Gerência de Sanidade Animal): doenças respiratórias em bovinos confinados
Data
A Unesco e a ONU Mulheres estabeleceram o dia 11 de fevereiro como o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência. A celebração tem o objetivo de promover, de forma plena e igualitária, o acesso à ciência e a participação de mulheres e meninas nessa área, tendo como prioridade global a igualdade de gênero e o apoio a jovens meninas, sua formação e suas habilidades plenas para fazer com que suas ideias sejam ouvidas para impulsionar o desenvolvimento e a paz.
Comunicação Setorial da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa)