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Araguaína proíbe cultivo de árvore invasora que causa a morte de abelhas

©Marcos Filho Sandes/Secom Araguaína

A importância das abelhas é gigantesca para o meio ambiente. Por isso, a preservação da espécie é uma grande preocupação que envolve iniciativas no mundo inteiro.

No município de Araguaína, Tocantins, os moradores estão sendo aconselhados pela prefeitura a evitar o cultivo de uma árvore conhecida como Nim.

Originária da Índia, essa planta tem o potencial de prejudicar insetos, incluindo abelhas, e provocar um desequilíbrio no meio ambiente.

De acordo com a Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente de Araguaína, a Nim é considerada uma espécie invasora, ou seja, não é nativa do país.

As flores da árvore podem intoxicar um inseto, nesse caso as abelhas, que são essenciais para a polinização. Por isso, a prefeitura recomendou que ninguém faça o plantio da Nim. Nem nas casas nem nas ruas.

As abelhas, por meio da polinização de inúmeros alimentos, como frutas, legumes e grãos, garantem a segurança alimentar de toda a humanidade.

As flores da árvore podem intoxicar um inseto, nesse caso as abelhas, que são essenciais para a polinização. Por isso, a prefeitura recomendou que ninguém faça o plantio da Nim. Nem nas casas nem nas ruas.

O reflexo econômico da apicultura vai muito além da produção de mel desses insetos. A produtividade de alimentos como maçã, pera, berinjela, laranja e ameixa são realizadas graças ao trabalho de polinização das abelhas. Elas são responsáveis por 85% da reprodução das plantas com flores.

Nesse sentido, caso haja um desequilíbrio nessa produção, afetará as comunidades de plantas e animais que delas dependem. Além da produção de mel e produtos como própolis e cera, esses insetos contribuem na manutenção da biodiversidade, do ecossistema, e na produção de alimentos por meio de sua capacidade polinizadora.

“Algumas plantas dependem exclusivamente de animais polinizadores para sua reprodução, outras se beneficiam deles produzindo frutos de melhor qualidade. Estima-se que 35% da produção agrícola global, bem como 85% das espécies de plantas nativas, dependam, em algum grau, da polinização”, disse a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI).

“As abelhas são responsáveis pela polinização de plantas e são amplamente reconhecidas como as mais importantes para essa função em escala global”, explicou Carolina Matos, ecóloga do Centro de Agroecologia e Serviços Ambientais.

A polinização seria a transferência de grãos de pólen das anteras de uma planta para o estigma de outra. As abelhas são os principais agentes desse processo, já que o realizam quando se alimentam de recursos florais e espalham o pólen por grandes áreas.

A abelha Apis mellifera que habita o Brasil, conhecida popularmente como africanizada, é resultado do cruzamento das raças europeias e africana. Apesar de serem muito defensivas, as abelhas africanizadas são ativas o ano todo, altamente produtivas e resistentes às doenças.

Na prática da apicultura, quando o mel é colhido, o favo de mel é removido da colmeia e a substância pegajosa é extraída das células, deixando a estrutura do favo intacta. Dessa forma, resta apenas a cera alveolada de favo de mel, que consiste em uma folha com células em hexagonal.

Como resultado, as mercadorias geradas pela polinização das abelhas correspondem a cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) agrícola e representam uma cifra superior a US$ 200 bilhões por ano, mundialmente.

Rico em proteínas, o favo de mel pode ser adicionado com sucesso a uma dieta saudável e nutritiva. É importante ter em mente que a cera de favo de mel pode ser consumida a qualquer hora do dia, com pratos doces ou salgados. Além de ser antiinflamatório e auxilia a digestão.

Comumente utilizado para doenças respiratórias, como gripes, resfriados e dor de garganta, a própolis tem propriedades conhecidas, como anti-inflamatória, antibacteriana, antiviral e antifúngica. Além disso, pode atuar como cicatrizante, anestésico e estimulante do sistema imunológico.

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