Goiânia é a segunda capital mais arborizada do Brasil, entre outros pontos positivos

Goiânia, capital de Goiás, apresenta oficialmente várias características de modernização urbanística e que favorece o lado do cidadão. Esses dados constam da Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios. Trata-se na realidade do maior e mais completo levantamento georreferenciado dos dez elementos urbanísticos pesquisados no Brasil. Entre esses índices, a capacidade de circulação da via, pavimentação da via, existência de bueiro ou boca de lobo, iluminação pública, ponto de ônibus ou van, vias sinalizadas para bicicletas, calçada ou passeio, presença de obstáculo na calçada, rampa para cadeirante e arborização.

De acordo com o Censo Demográfico 2022, 89,6% dos goianienses residem em logradouros que possuem uma ou mais árvores. Com isso, a Capital é a segunda mais arborizada do País, atrás apenas de Campo Grande (91,4%).

No levantamento anterior, realizado pelo Censo Demográfico 2010, Goiânia (88,8%) e Campo Grande (96,3%) também se posicionavam como as duas capitais brasileiras mais arborizadas. Em terceiro lugar, contudo, aparecia Belo Horizonte (81,4%), que caiu para a sétima colocação em 2022 (75,3%). Em relação às unidades da federação, Goiás figurou como a quarta mais arborizada (81,8%).

As três primeiras posições foram ocupadas por Mato Grosso do Sul (92,4%), Distrito Federal (84,2%) e Paraná (82,6%). Considerando o resultado obtido em 2010, quando o índice goiano (76,8%) foi apenas o sétimo do País, observa-se um avanço do estado nesta última pesquisa. No Brasil, o percentual de moradores residentes em vias arborizadas ficou em 66,0%.

Outro quesito em que Goiás e Goiânia se destacaram foi a presença de iluminação pública. Segundo o levantamento, 99,0% dos moradores goianos pesquisados residem em logradouros que possuem um ou mais pontos de iluminação em área de uso comum. O resultado demonstra melhoria do Estado em relação a 2010 (97,8%) e reafirma a posição já ocupada desde então, quando também obteve o maior índice (97,8%) dentre as unidades nacionais.

Entre as capitais, Goiânia (99,6%) apareceu como a mais bem colocada, assinalando ligeiro avanço na comparação com 2010 (99,4%) e repetindo o primeiro lugar já ocupado à época. Vitória (99,5%) e Campo Grande (99,0%) preencheram o segundo e terceiro lugares. Hoje, esta Capital assiste a instalação de iluminação pública com o sistema de Led, que deixam as ruas melhor iluminadas.

O País também apresentou aumento em seu índice, com o percentual de moradores residentes em vias com iluminação pública saltando de 95,2% (2010) para 97,4% (2022). Vale ressaltar que a pesquisa avalia somente a existência do equipamento de iluminação, desconsiderando o seu adequado funcionamento.

Entre as concentrações urbanas – agrupamentos de dois ou mais municípios com forte integração populacional que, juntos, têm mais de 100 mil habitantes –, Rio Verde se destacou com índice de 99,8%, ocupando a sexta posição no Brasil e a primeira no estado.

Pavimentação

Goiânia também apareceu em segundo lugar entre as capitais com maior percentual de moradores residentes em vias pavimentadas (99,1%). Neste último levantamento, a pavimentação foi considerada existente apenas quando presente em mais de 50% do trecho do logradouro percorrido. No anterior (2010), quando Goiânia já figurava na segunda posição (97,6%), eram consideradas pavimentadas as vias que possuíssem cobertura em alguma de suas partes, mesmo que pequena.

Entre as unidades da federação, Goiás se destacou com o quarto maior índice (94,0%), atrás de São Paulo (96,0%), Minas Gerais (95,3%) e Distrito Federal (94,2%), avançando 9,4 pontos percentuais em relação ao resultado obtido em 2010 (84,6%), quando ocupou a quinta colocação no Brasil. O País, por sua vez, também expandiu seu índice, aumentando-o de 79,6% (2010) para 88,5% (2022).

Outro aspecto investigado pela pesquisa foi a capacidade de circulação das vias. Para isso, foram consideradas quatro categorias:

1. Via com capacidade para a circulação de caminhões, ônibus e veículos de transporte de carga, além de veículos de passeio, vans, motocicletas, bicicletas e pedestres;

2. Via com capacidade para a circulação somente de veículos de passeio, vans, motocicletas, bicicletas e pedestres;

3. Via com capacidade para a circulação somente de motocicletas, bicicletas e pedestres;

4. Via aquática, usada para o transporte em mar, rios, lagos, canais etc., desde que constitua uma forma de acesso direto às edificações.

Nesse sentido, ao analisar os moradores residentes em vias com capacidade máxima de circulação da primeira categoria, Goiânia apresentou índice de 98,0%, o terceiro maior entre as capitais do Brasil, atrás de Campo Grande (98,8%) e Palmas (98,6%). Já Goiás foi o quarto estado com maior percentual de moradores residentes em vias da primeira categoria (97,9%), com índice consideravelmente acima do registrado pelo Brasil (90,8%).

Goiás é o quinto estado com menor acesso da população a ciclovias. Uma das características do entorno investigadas pela primeira vez pelo Censo Demográfico foi a existência de vias sinalizadas para bicicletas. Segundo o levantamento, em 2022 somente 0,9% dos moradores goianos residiam em logradouros com alguma sinalização para o trânsito de bicicletas, como ciclovias, ciclo faixas. O índice de Goiás é o quinto mais baixo do país, junto a Minas Gerais e Alagoas.

Entre as capitais, porém, Goiânia (2,1%) registrou percentual superior ao do Brasil (1,9%), mas ainda bastante distante de Florianópolis (12,1%), que despontou em primeiro lugar.

Rampa para cadeirantes

Outros dois aspectos investigados pela pesquisa em que Goiânia se destacou foram a existência de calçadas ou passeios e de rampas para cadeirantes. De acordo com o levantamento, 98,0% dos moradores da capital possuem espaço para circulação segregado da via de veículos – denominado calçada ou passeio –, o maior percentual entre as capitais brasileiras.

Além disso, Goiânia foi a capital com o terceiro maior índice (35,2%) relacionado à presença de rampa para cadeirante na calçada, atrás de Campo Grande (55,6%) e Curitiba (40,5%). O resultado assinala uma significativa melhoria em acessibilidade urbana na comparação com 2010 (9,2%), sobretudo quando se considera a diferença metodológica ocorrida entre os anos. Em 2010, eram contabilizadas rampas que não necessariamente estavam inseridas em calçadas pavimentadas; em 2022, o quesito foi aplicado somente quando havia calçada, embora sem a exigência de pavimentação.

A pesquisa também estudou a existência de obstáculos na calçada, como buracos, desníveis, entradas irregulares para estacionamento ou quaisquer elementos permanentes que atrapalhem a circulação. Nesse quesito, Goiânia (64,9%) registrou índice pouco abaixo do nacional (65,2%).

Entre as unidades federativas, Goiás foi a segunda com maior percentual de calçadas (92,6%). À sua frente, esteve apenas o Distrito Federal, com 92,9%. Já em relação à presença de rampa para cadeirantes, o Estado se posicionou em oitavo (16,9%), com um avanço de 13,7 pontos percentuais sobre o resultado de 2010 (3,2%).

Transporte coletivo

A Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios também averiguou a existência de parada de transporte público coletivo do tipo ônibus ou van, presente por meio de sinalização visível em logradouros.  Nesse aspecto, Goiânia se destacou negativamente como a terceira capital com menor índice (5,3%), à frente apenas de Palmas (4,5%) e Macapá (3,1%). Porto Alegre foi a que apresentou maior percentual (25,0%), seguida por Belo Horizonte (20,5%) e Florianópolis (19,8%). Ressalta-se que não foi investigada a frequência da oferta do transporte.

Entre os demais estados, Goiás (3,8%) também se posicionou abaixo da média nacional (8,8%), sendo a sétima com menor incidência. Rio Grande do Sul (14,5%), Santa Catarina (11,9%) e São Paulo (11,8%) foram os estados que melhor se colocaram.

Índice de bueiros ou bocas de lobo em Goiás fica abaixo da média nacional. Segundo o levantamento de 2022, 36,1% dos moradores goianos residiam em vias com bueiro ou boca de lobo, aberturas que permitem o escoamento da água das chuvas por meio de caixas subterrâneas. O resultado está abaixo do apresentado pelo Brasil (53,7%), embora ainda mostre avanço se comparado ao de 2010, quando Goiás registrou índice de 23,4%. Santa Catarina (85,2%), Paraná (83,4%) e Rio de Janeiro (76,7%) foram os estados mais bem posicionados.

Goiânia, por sua vez, ficou acima da média nacional, com percentual de 62,9%. As capitais com maiores incidências de bueiros ou bocas de lobo, porém, foram Curitiba (95,0%), Vitória (92,3%) e Florianópolis (86,8%).

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