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Agrotóxico preocupa produtores de leite de Bela Vista. Estância Tamburil é onde o gir e o girolando mostram sua raça

Wandell Seixas

Imagens: Marcus Vinícius Naciff

O uso do agrotóxico sem maiores cuidados nos cultivos dos grãos preocupa a pecuária leiteira de Bela Vista de Goiás, bastante relevante no desenvolvimento do município, a cerca de 40 quilômetros de Goiânia, a capital do Estado. O alerta é de Amarildo Gonçalves, proprietário da Estância Tamburil e que detém invejável currículo de quem passou necessidades, foi servente de pedreiro e hoje se tornou um empreendedor invejável que recebe embaixadores e empresários de diferentes países. Mais do que isso: a fazenda conta com o maior banco genético das raças gir e girolando do País e conta com um padrão fora incomum, onde até as matrizes ouvem música clássica o dia inteiro.

A atividade agropecuária não se limite a Bela Vista de Goiás, mas a toda região da Estrada de Ferro. No passado, o destaque era o fumo cultivado e processado no município, como “fumo de rolo”. Era o principal produto de exportação durante décadas. As fazendas se voltavam para as atividades agrícolas e pastoris. Atualmente, a base econômica atual do município ainda é a agropecuária destacando-se a produção leiteira. O município desde a década de 80 tem sido a terceira maior bacia do Estado.

Os riscos de contaminação do solo e da água não se limitam a Bela Vista, mas a outros municípios circunvizinhos. A bacia hidrográfica regional é formada pelo Meia Ponte, um dos rios mais importantes do Estado, onde vive cerca de 50% da população goiana. O rio é utilizado para diversos fins, desde abastecimento de água, irrigação de lavouras, lazer e para despejo de esgotos domésticos e industriais. Mas, há também os rios Piracanjuba e Caldas correndo idêntico perigo.

Na agricultura predomina a produção de mandioca, milho, soja, arroz, etc. O setor industrial tem se destacado na última década em laticínios. Hoje, sobressai, também, a criação de avestruz.

TAMBURIL, EXEMPLO A SEGUIR

O exemplo de propriedade e que corre risco se a poluição ambiental tomar conta foi mostrado ao repórter num tour propiciado pelo pecuarista.  Amarildo Gonçalves discorreu sobre a importância da genética no desenvolvimento do criatório de gado de corte e leiteiro. Demonstrou a docilidade dos animais, que atende pelo nome. Nas baias, as matrizes e bezerros ouvem música clássica 24 horas por dia. “Se parar, as vacas berram”, revelou. Um detalhe: a limpeza é impecável. Explicou, também, o processo de coleta dos embriões. O bezerro não fica com a mãe e sim numa gaiola.

 Disse, também, que em sua propriedade não “se mata um animal”. Ao contrário, eles são multiplicados, através dos embriões. Confessou que comercializa cerca de três mil embriões por mês. O uso de embriões é para melhorar a genética. E, assim, obter vacas com maior capacidade para produção de leite. O custo ascende a R$4 mil. Por essa razão, 80% da renda provêm da genética e não da produção leiteira.

Um dado curioso. Se importou da Índia as primeiras matrizes, hoje exporta embriões das raças Gir e Girolando, este uma mescla do gado Gir e Holandês, para aquele país. No Brasil, a produção leiteira vaca-dia se limita a quatro ou cinco litros. Na Estância Tamburil, há matrizes produzindo até oitenta litros diários. Todos os animais são vacinados periodicamente, seguindo as recomendações da Agrodefesa. Nessa universidade a céu aberto, mantém convênio com a Universidade Federal de Goiás (UFG), quando recebe alunos de Veterinária que aprimoram os conhecimentos práticos.

Sua preferência pelo gado de origem indiana, sobretudo à adaptada no Brasil, tem uma razão de ser: a resistência ao carrapato. Os ectoparasitos são encontrados nas pastagens e costumam atacar os animais para se alimentar do sangue causam doenças, entre elas a febre maculosa.

PALESTRAS MOTIVACIONAIS

No último sábado, foi promovida na Estância Tamburil um ciclo de palestras motivacionais com a participação de empresários do setor imobiliário. O encontro foi coordenado por Hygor Cabral, dono de imobiliária e da Igreja Videira. Ele transmitiu “muita energia positiva”aos presentes bem como os demais componentes.

Guilherme Alvarenga discorreu sobre a importância da competência na profissão ou nas tarefas a cumprir. Exemplificou que “precisamos ser viciados em vencer e não desistir” dos eventuais impasses.

Jheferson Fernandes, da Solar Energy, por sua vez, falou sobre energia voltaica, que oferece soluções de qualidade. Manutenção e monitoramento de eficiência energética, reduzindo desperdícios e apresentando resultados.

Eloína Santos falou da visão estratégica, da capacidade, chamando a atenção para uma ferramenta pouco conhecida. A 5W2H numa visão geral. “Alguma vez você já planejou algo, simples ou complexo, que, por alguma razão, foi difícil ou até impossível pôr em prática?”, interroga. Se sim, talvez responder a sete simples perguntas o ajudaria nesta tarefa.

  • Where – Onde? Onde será realizada.
  • When – Quando? Quando será realizada e o seu cronograma
  • Who – Quem? Quem serão as pessoas responsáveis pela tarefa.
  • How – como? Qual será o processo para realizar a tarefa.
  • How much? – Quanto? Quais serão os custos para realizar a tarefa.

Ou seja, resumidamente, o 5W2H são sete perguntas que definem uma tarefa desde seu objetivo inicial, até os responsáveis e seu cronograma.

Dessa forma sua equipe terá um “mapa” que ajudará como um guia para desenvolver e concluir um projeto de forma objetiva.

É para isso que serve a ferramenta 5W2H: Executar o planejado. Sair do papel e ir para a prática. Utilizada principalmente para mapear e padronizar processos, com o objetivo de elaborar um plano de ação, essa ferramenta define: responsabilidades, objetivos, métodos, recursos financeiros, além de fatores essenciais para o sucesso entre o plano e a ação.

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