Brasil e Japão unem forças para restaurar áreas degradadas
“Vamos ampliar a produção de alimentos sem avanços no desmatamento sobre as áreas já preservadas”, afirmou Fávaro
Ao unirem forças a fim de recuperar as áreas degradadas, o acordo estabelecido entre o Brasil e o Japão marca um avanço significativo, visando revitalizar as áreas afetadas e estabelecer um modelo inspirador de cooperação internacional para a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável.
O memorando foi firmado pelo ministro da Agricultura e Pecuária (MAPA), Carlos Fávaro, junto com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, e o presidente da JICA, Akihiko Tanaka, na última sexta-feira, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Na ocasião, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. Durante a visita, foram assinados atos bilaterais, entre eles, o memorando de cooperação com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) para a recuperação de áreas degradadas.
“Será um trabalho conjunto com foco na sustentabilidade. Vamos ampliar a produção de alimentos sem avanços no desmatamento sobre as áreas já preservadas. É pegar áreas degradadas e transformar em áreas produtivas”, explicou o ministro Fávaro.
O Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (Pncpd) estima a recuperação e conversão de até 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade em áreas agricultáveis dentro de dez anos.
O Japão será o primeiro país a contribuir com o Pncpd, um dos principais projetos do MAPA. A partir desta iniciativa, pode-se dobrar a área de produção de alimentos no Brasil, sem desmatamento e evitando a expansão sobre áreas de vegetação nativa.
“Foram assinados cerca de 40 memorandos de cooperação nos setores públicos e privados. Esses memorandos se tornarão um dispositivo de estímulo para elevar as relações econômicas bilaterais para o próximo nível”, relatou o primeiro-ministro japonês.
Fonte: MAPA