ESPECIAL – Vaticano é centro espiritual cristão com muita arte
Wandell Seixas
Se Pôncio Pilatos, um dos governadores romanos, “lavou as mãos” para a condenação de Jesus à morte, Roma parece ter “recompensado” os cristãos com a Cidade do Vaticano. Bastante pequeno como estado, é único no gênero, representando o centro espiritual da religião cristã. É, também, o local onde mora o Papa. Como estado independente do território italiano surgiu em 11 de fevereiro de 1929. Graças ao Tratado de Latrão.
E a Basílica de São Pedro tem sua rica história a partir de 1506. Um lembrete: o Brasil foi descoberto por Cabral seis anos antes. O turismo é uma das fontes mais importantes de renda para a economia do Vaticano. Os Museus do Vaticano e a Basílica de São Pedro são atrações turísticas bem populares. É o segundo museu mais visitado do mundo, com 6,7 milhões em 2023, atrás do Louvre, em Paris, com 8,86 milhões. A Basílica levou mais de 120 anos para ser concluída
Quem visita o menor estado do mundo, ocupando uma área de 44 hectares, em regra explora suas maravilhas históricas e religiosas. E encanta com a grandiosidade dos museus do Vaticano, que possuem 1400 salas e abrigam relíquias e obras de arte que remontam a mais de 3000 anos. A biblioteca é um tesouro de valor histórico, científico e cultural. Não por acaso, o Vaticano foi o único país a entrar na lista de Patrimônios Mundiais da UNESCO.
Há mil pessoas no estado, incluindo 104 membros da Guarda Suíça, sempre solicitada para fotos. Ela protege o Papa desde 1506. Por trás de um uniforme, que fascina aos turistas no Vaticano, se escondem verdadeiros guarda-costas, encarregados de proteger, até com a vida, o Santo Pontífice do terrorismo, ameaças e extremistas religiosos.
Quem visita a Basílica de São Pedro sente o calor religioso, sede da Igreja Católica Apostólica Romana, respeitada pelos demais cristãos, mas também fica maravilhado com a obra artística e com a arquitetura. Ênfase para a obra de Miguel Angelo figurada na cúpula.
Admirar na Capela Sistina esse espaço inédito e inebriante é como se estivesse num mundo da fantasia. E os altares? A Pietá de Miguel Ângelo, representada por Maria segurando seu filho Jesus morto, transparece uma realidade tamanha a perfeição.
O Juízo Universal, o teto da Capela Sistina, a Criação do Homem, a Criação da Mulher, Dilúvio Universal, os profetas Isaías, Daniel, Zacarias, Sibilas Délfica, Cumana, Libica compõem essa obra do mestre.
Durante visita ao Vaticano, fazendo todo esse percurso narrado, conheci uma delegação de Santos (SP). Ao entrar na Capela Sistina, havia uma missa. Como católico, assisti à celebração religiosa. Na hora da comunhão, fiquei reticente em comungar porque tinha o costume de confessar antes com o padre.
Os companheiros santistas perceberam minha atitude e sugeriram que eu comungasse. Era um ato praticamente único no local, já que morava fora. Pensei em minha na devoção da minha mãe e o quanto ela me abençoaria naquele momento. Acompanhei os demais fiéis e comunguei. Foi, sem dúvida, um dos melhores momentos de minha vida.