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Exportadores brasileiros buscam negócios no Golfo

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) levou delegação para feira Gulf Green, nos Emirados Árabes Unidos. Empresários participaram de rodadas de negócios, reuniões e seminário. Executivos da CNA seguiram para Arábia Saudita.

Marcos CarrieriPor Marcos Carrieri

Divulgação/CNA

Delegação brasileira que foi a Dubai: oportunidade de prospectar negócios nos países do Golfo

São Paulo – Empresas brasileiras de alimentos e bebidas participaram na última semana da feira Gulfood Green, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. No país do Golfo, assistiram a um seminário sobre as características do mercado local, negociaram com potenciais compradores em rodadas de negócios e se reuniram com empresários locais.

A viagem foi organizada pelo projeto Agro.BR, uma parceria da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) para promover no exterior alimentos feitos no Brasil. A Câmara de Comércio Árabe Brasileira apoiou a organização da missão empresarial por meio do seu escritório em Dubai.

Participaram da viagem as empresas 100% Amazonia, de produtos procedentes da Amazônia; Petruz Assaí; Flor da Aurora (que produz mel), Engenho Café de Açaí, FZP Trading, True Forest (produtos orgânicos) e Co.Cook (de temperos). Estas companhias participaram da feira e realizaram rodadas de negócios em três dias do evento dentro do estande da ApexBrasil.

Coordenador de Promoção Comercial Internacional da CNA, Rodrigo da Matta citou como produtos brasileiros com apelo na região do Golfo mel, cafés especiais e fruticultura. “É uma região (o Golfo) que valoriza bastante os produtos brasileiros. A comunidade brasileira é bem representativa e faz com que os produtos brasileiros tenham um pouco mais de aproximação cultural para entrar nesses mercados e é isso que a gente quer explorar nessas missões e nessas atividades”, afirmou da Matta à ANBA.

A Gulfood Green é uma feira que explora a sustentabilidade na produção de alimentos e produtos alimentícios com apelo saudável. Entre os setores que ela comporta – e expositores que recebe – estão tecnologia agropecuária, alimentos frescos, produtos feitos à base de plantas e alimentos funcionais, entre outros.  

O seminário que foi organizado na segunda-feira (23) abordou diversos temas que envolvem a exportação de alimentos aos Emirados, como legislação, certificações e taxação. Contou com a apresentação de uma empresa que já exporta para o país, assim como uma palestra sobre o papel da agroindústria do Brasil nos Emirados Árabes Unidos. A embaixada no Brasil nos Emirados Árabes Unidos esteve presente neste encontro. O Brasil é um importante produtor de proteína animal e exportador desses produtos para a região do Golfo. Na passagem por Dubai, os empresários visitaram também a rede de supermercados local Grandiose, que atua em segmento de produtos de elevado valor agregado.

Da Matta afirmou, porém, que organizar a cadeia logística de exportação ainda é o principal desafio para vender para os Emirados Árabes. Encontrar soluções para este entrave, assim como apoiar os exportadores, principalmente pequenos e médios, é um dos principais objetivos do Agro.BR, afirmou o executivo. A CNA, lembrou, tem escritórios regionais em Dubai, Xangai, na China, e Cingapura.

Potencial do Golfo e viagem à Riad

De Dubai, da Matta seguiu para Riad, a capital da Arábia Saudita, onde realiza reuniões nesta semana. Uma das visitas foi realizada nesta segunda-feira (30) na Saudi Agricultural and Livestock Investment Co. (Salic), o fundo soberano saudita para o agronegócio, que já tem investimentos no Brasil. A agenda na Arábia Saudita prevê encontros com: Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF), Autoridade Saudita para Alimentos e Medicamentos (SFDA) e empresas de alimentos.

“O escritório [da CNA em Dubai] está começando a participar cada vez mais das atividades aqui na Arábia Saudita, a gente pretende também viabilizar uma participação na Saudi Food Show, que acontece no ano que vem [em maio de 2025], e, cada vez mais, aproximar os produtores brasileiros deste mercado que é bastante grande, bastante promissor, mas também bastante desafiador”, afirmou o executivo da CNA sobre o país do Golfo.

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