Tendência

Mercado interno mantém consumo de carne de frango

Wandell Seixas

O presidente da Associação Goiana de Supermercados (AGOS), Augusto de Araújo Almeida, mostra-se preocupado com o surto de gripe aviária no País. Mas, manifesta que a rede de supermercados tanto de Goiás quanto de outros Estados não teve a comercialização de carne de frangos, derivados e ovos afetada no mercado do varejo. “Não tivemos, ainda, variações reportadas”, observando que “o Brasil é um grande exportador, a tendência é que a oferta aumente no mercado interno”.

Por sua vez, o presidente da Associação Goiana de Avicultura (AGA), Marcos Barcellos Café, demonstra satisfação com a contenção do foco de Montenegro (RS) e eventuais suspeitas, negativas. Mas, pondera que “precisa-se aguardar mais uns dias para que os estragos nas granjas sejam inteiramente contidos”. Na área econômica, vê o mercado interno se acomodando, e no externo as proibições continuam pelos países asiáticos e europeus.

O Brasil é o maior exportador de frango do mundo. As restrições são feitas para evitar a contaminação de granjas de outros países, mas não há risco no consumo de carne de frango e ovos. Na segunda-feira, o Ministério da Agricultura já tinha prometido que divulgaria essa lista completa com todos os embargos e os tipos de bloqueios em cada destino. Ao todo, os brasileiros exportam frango para cerca de 160 países.

Países como a China não aceitarão cargas de carne de frango do Brasil que já estavam em navios, a caminho do destino, em meio ao primeiro surto de gripe aviária no País, afirmou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa grandes empresas de processamento de alimentos.

O governo brasileiro solicitou à China que restringisse o embargo à importação de frango relacionado à gripe aviária a produtos provenientes apenas da cidade de Montenegro, informou a mídia local na terça-feira.

O Ministério da Agricultura confirmou um pedido feito no início deste mês à China para revisar os protocolos comerciais existentes, sugerindo a implementação de proibições regionais, em vez de nacionais, em caso de emergências sanitárias, embora tenha negado qualquer solicitação específica relacionada ao atual surto de gripe aviária.

No total, cerca de 20 países impuseram proibições ao comércio de frango no Brasil sob os protocolos sanitários existentes, informou o Ministério da Agricultura na segunda-feira.

Ao contrário da China, outros grandes importadores, como Japão, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, são menos rigorosos e aplicam proibições regionais sob os protocolos sanitários de emergência existentes. Santin disse que cabe às empresas exportadoras lidar com as cargas devolvidas, acrescentando que elas também têm a possibilidade de redirecionar algumas remessas.

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