O legado de Gilberto Sant’Anna  Filho

Wandell Seixas *

Resumindo a vida do ser humano, a gente diz com frequência: nasce, cresce e morre. Eu acrescento algo mais além do fato de nascer e morrer. O seu legado, a sua construção em múltiplas atividades humanas.

Não pretendo divagar muito, senão irei longe demais. Vou ficar mais na área da atividade agropecuária. Aliás, nesse segmento escrevi dois livros: O Agronegócio passa pelo Centro-Oeste e a História da SGPA.

Em História da SGPA, naturalmente relato como despontou a Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura. A história de cada líder do segmento e o trabalho edificador de cada presidente em sua gestão.

Gilberto Sant’Anna Filho nos deixou recentemente. Como disse na abertura deste artigo, nasce, viveu deixando o seu legado e partiu para a eternidade. Lembranças, um nó apertado nos entes queridos e amigos.

Nascido em Piracanjuba, Gilbertinho, como era chamado pelos amigos, concluiu seus estudos de Direito na Universidade Católica de Goiás em 1964. Por aqui casou-se com dona Olga Maria da Cunha Câmara Sant’Anna.

Envolveu-se na política partidária. Escolheu o PSD, partido de tradição em Goiás, liderado inclusive por Pedro Ludovico Teixeira, fundador de Goiânia. Foi deputado estadual.

 Presidiu o Grêmio Estudantil Auri-Verde do Ateneu Dom Bosco. Membro da Loja Asilo da Acácia. Foi membro do Conselho Deliberativo do Goiás Esporte Clube. No regime militar, o marechal Emílio Ribas Júnior o indicou para a presidência da Caixa Econômica Estadual (Caixego).

Agropecuarista da gema, suas propriedades rurais abrangeram Piracanjuba, Mutunópolis, Arapoema e Tocantínia. Na presidência da SGPA, no período de 2004 a 2007, contribuiu para a melhoria genética do rebanho goiano. Pensando longe, criou o Museu do Produtor, cujo registro fica para a eternidade. É interessante ver o passado e comparar com o presente.

É, amigo. Um tim-tim.

• Wandell Seixas é jornalista voltado para a cadeia da agropecuária.