Tendência

Prévia da inflação em Goiânia é a menor do país

Wandell Seixas

Na análise regional, nove áreas de abrangência do IPCA-15 tiveram altas em abril. Goiânia (- 0,13%), que obteve o menor índice do País, e Brasília (-0,02%) foram as únicas a apresentarem retração. A maior variação, por sua vez, foi registrada em Porto Alegre (0,88%), puxada pelas altas do tomate (61,16%) e da gasolina (2,25%).

Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou queda de 0,13% na capital goiana, após a alta de 0,41% em fevereiro. O valor corresponde à primeira retração dos últimos sete meses e à segunda desde 2020 para um mês de abril. O acumulado em 12 meses em Goiânia é de 5,15%, enquanto o acumulado no ano está em 1,81%.

Embora também seja um indicador calculado a partir da variação de preços em determinado tempo, o IPCA-15 se difere do IPCA (índice oficial de inflação) pela abrangência geográfica e pelo período de coleta, que, para ele, costuma ser do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês de referência. Desse modo, por contemplar algumas semanas do mês corrente, pode-se dizer que, em certo grau, o IPCA-15 atua como uma prévia da inflação oficial do mês em que é divulgado.

No Brasil, a prévia da inflação ficou em 0,43% em abril, 0,21 ponto percentual abaixo de março, quando registrou alta de 0,64%. O resultado foi influenciado, principalmente, pelos grupos de Alimentação e bebidas (1,14%) e Saúde e cuidados pessoais (0,96%). Juntos, eles respondem por 88% do índice do mês. O acumulado no ano ficou em 2,43%, enquanto o acumulado em 12 meses foi de 5,49%. Em abril de 2024, o IPCA-15 havia registrado alta de 0,21%.

Queda dos preços

Em Goiânia, dentre os nove grupos investigados, dois apresentaram retração dos preços em abril: Transportes (-2,09%) – com impacto significativamente maior – e Artigos de residência (-0,06%). Com queda de 4,21%, o item Combustíveis de veículos, que já havia registrado variação negativa em março (-0,81%), foi o que mais pressionou o índice de abril.

Os demais grupos, por sua vez, indicaram avanço dos preços. Nesse sentido, o de maior influência foi o de Alimentação e bebidas (0,66%), seguido por Saúde e cuidados pessoais (0,83%) e Habitação (0,41%). Considerando os subitens que os compõem, destacam-se os seguintes: tomate (28,05%), taxa de água e esgoto (2,09%) e perfume (2,66%).

Com aumentos expressivos nos últimos quatro meses e acumulado no ano de 88,29%, o tomate tem sido um dos principais responsáveis pelas altas do grupo de Alimentação e bebidas. O café moído também teve impacto relevante em abril (3,69%), bem como o frango em pedaços (2,20%). Ambos, porém, registraram índices menores que os de março (9,87% e 2,35%). O mesmo vale para o Ovo de galinha, que, após apresentar, em março (20,34%), a maior alta da série iniciada em fevereiro de 2020, obteve índice consideravelmente menor em abril (1,46%).

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