Prévia de inflação em Goiânia é a segunda maior do ano

Wandell Seixas
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) em maio apresentou alta de 0,79% em Goiânia, após a queda de 0,13% em abril. O valor corresponde à segunda maior alta de 2025, atrás apenas de fevereiro (0,99%).
Embora também seja um indicador calculado a partir da variação de preços em determinado tempo, o IPCA-15 se difere do IPCA pela abrangência geográfica e pelo período de coleta, que, para ele, costuma ser do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês de referência. Desse modo, por contemplar algumas semanas de maio, pode-se dizer que, em certo grau, o IPCA-15 atua como uma prévia da inflação oficial.
No Brasil, o índice ficou em 0,36% em maio, 0,07 ponto percentual abaixo de abril, quando registrou alta de 0,43%. O maior impacto positivo (0,06%) é oriundo da energia elétrica residencial, que, influenciada pela mudança na bandeira tarifária, apresentou variação de 1,68%.
Goiânia em relação a maio de 2024 (0,27%) teve aumento de 0,52 pontos percentuais. Com isso, o IPCA-15 acumulado em 12 meses subiu de 5,15% (abril) para 5,70%. No País, por sua vez, o resultado foi de queda (-0,08 na comparação com o mesmo mês do último ano, o que levou à desaceleração do acumulado em 12 meses de 5,49% para 5,40%, a primeira desde janeiro (4,50%). No ano, Brasil e Goiânia acumulam índices de 2,80% e 2,62%.
Em Goiânia, sete dos nove grupos investigados apresentaram alta dos preços em maio. O maior impacto foi de Transportes, que, além de possuir o maior peso mensal, registrou a maior alta (1,97%). Dentre os itens que o compõem, destaca Combustíveis de veículos, que, após as quedas de abril (-4,21%) e março (-0,81%), voltou a subir (5,07%).
Também foram relevantes para a alta mensal os setores de Saúde e cuidados pessoais (1,00%) e Habitação (0,81%), sob expressiva influência dos aumentos assinalados pelos subitens: taxa de água e esgoto (2,04%), energia elétrica residencial (0,75%), perfume (2,07%) e plano de saúde (0,56%).
O grupo de Alimentação e bebidas – com o segundo maior peso mensal –, embora ainda apresente alta (0,14%), sinalizou desaceleração em relação a abril (0,66%), pressionado pelas quedas do tomate (-9,35%) – a primeira do ano – e do arroz (-3,98%) – a sexta consecutiva.
Por fim, cabe mencionar as áreas de Artigos de residência (-0,63%) e Comunicação (- 0,18%), as únicas que indicam retração, com destaque para a diminuição dos preços de ar-condicionado (- 4,55%) e aparelho telefônico (-1,41%).